Terça-feira, 21 de Abril de 2009

A China e a “Anti-globalização”

Ni hau a todos, eis-me de volta a este meu blog, deixado em stand-by desde há 3 meses. Tenho andado cansado e as mudanças na minha vida também têm sido muitas o que por vezes me tira o tempo e a vontade de “postar” algo por aqui…

Hoje não pude deixar de o fazer, não consegui, faço este post não apenas como um alerta, como uma informação ao mundo, mas também e principalmente como uma espécie de terapia… para mim próprio…

Não foi a primeira vez, já outras vezes tinha sentido em algumas situações que o facto de ser estrangeiro nestas terras me fecha algumas portas e me barra caminhos desviando-me para locais mais confortáveis e cómodos para os locais mas pela primeira vez senti, com toda a certeza e clarividência que na China também há RACISMO, XENOFOBIA ou talvez um certo SEPARATISMO, uma espécie de “APARTHEID” na versão chinesa. Pela primeira vez senti que me foi barrado o acesso a um local público, a um espectáculo público para o qual eram inclusivamente vendidos bilhetes de ingresso mas não a mim, porquê? Acredito que simplesmente pelo facto de não ter cara oriental, não ser oriental, não ser da mesma “raça”…

O espectáculo de que falo nada tinha de especial, creio, era apenas um espectáculo tradicional de “ópera chinesa” muito comuns nesta altura do ano e, apesar de ter a noção que estes espectáculos encerram muitas vezes cultos de carácter religioso ou de culto aos antepassados nunca pensei que me pudesse ser barrado o acesso a um espectáculo que reafirmo uma vez mais, era público, e em lugar público e do qual tive conhecimento pela publicidade feita nalguns jornais.

Mas, na verdade, percebei que não se destinava a mim, estrangeiro, mas apenas a um grupo mais restrito onde os outsiders não estão incluídos e muito menos são bem-vindos.

Num mundo que se diz cada vez mais global e onde a palavra “globalização” anda na boca de todos parece-me que descobri a maior forma de “anti-globalização” que existe – o RACISMO, a XENOFOBIA e o SEPARATISMO entre culturas…

 

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Terça-feira, 29 de Julho de 2008

Pela China... Continuam as CAMPANHAS EDUCATIVAS...

Depois da maravilhosa conferência de imprensa do sr. Zhang Zhenliang, chegou a vez do governo regional de Pequim alertar a sua população para mais uma série de coisas a não fazer durante os Jogos Olímpicos.

Segundo o jornal oficial Notícias de Pequim, as autoridades chinesas publicaram um aviso que apela aos cidadãos mais curiosos da cidade para evitarem colocar as "oito perguntas", que podem “envergonhar” os estrangeiros que vêm assistir aos Jogos.

Os cartazes que o governo municipal colocou no distrito de Dongcheng, na capital chinesa possuem indicações como:

"Não faça perguntas sobre pormenores pessoais ou relacionados com o contexto familiar, não faça perguntas acerca de rendimento ou despesas pessoais, não faça perguntas sobre os bens da família".

e

"Não faça perguntas acerca da idade ou do estado civil, não faça perguntas sobre o estado de saúde, não faça perguntas sobre onde vive a família, não faça perguntas sobre política ou religião e não faça perguntas sobre a vida amorosa", indica o aviso oficial.

As chamadas “oito questões a evitar” são mais uma das numerosas iniciativas que pretendem “limar” a imagem da capital chinesa para que esta se apresente irrepreensível ao resto do mundo durante os Jogos Olímpicos, entre 08 e 24 de Agosto. (só mesmo durante esses 15 dias porque depois volta tudo à NORMALIDADE)


 Ainda de acordo com as autoridades oficiais chinesas, o presente “aviso” serve para, e passo a citar: “evitar a vergonha por falta de educação”.

De realçar que Pequim investiu 2,5 milhões de dólares (cerca de 1,7 milhões de euros) em campanhas de civismo e boas maneiras coordenadas pelo Departamento de Desenvolvimento Cultural e Ético de Pequim.

Desta MEGA-CAMPANHA, e ainda citando as autoridades chinesas, “constam avisos e esforços para desencorajar comportamentos rudes como cuspir para o chão ou desrespeitar as filas de espera, bem como medidas para melhorar a qualidade atmosférica em Pequim e acabar com as actividades ligadas à indústria sexual”. (meus amigos, desculpem lá mas estas eu só acredito quando VIR com os meus PRÓPRIOS OLHINHOS, isso é praticamente “cuspir” nas tradições chinesas)


As perguntas a evitar, hoje divulgadas, pretendem evitar choques culturais que levam os estrangeiros a serem confrontados com perguntas que consideram incómodas ou impertinentes, mas que os chineses encaram como um diálogo inofensivo.

A pergunta acerca do salário auferido é uma das questões mais comuns (quem diria e eu que pensava que eles nem falavam de dinheiro) que faz com que a maioria dos estrangeiros fique sem resposta, sobretudo porque os rendimentos dos cidadãos estrangeiros tendem a ser superiores aos dos chineses. (jura! Então os chineses que rematem e perguntem quando custa no país deles um carro – principalmente se estivermos a falar de portugueses)


Os chineses também têm pouco pudor na hora de perguntar a idade a alguém e não se coíbem de dizer a uma pessoa que ela está "gorda", que é considerado um elogio associado a uma vida próspera. (claro que sim, por isso que eles são todos GORDISSIMOS que nem um cabo de vassoura)


Por último cabe referir que o distrito de Dongcheng, onde os cartazes começaram a ser colocados, é o distrito onde se encontram a “Cidade Proibida” e muitos outros locais históricos e turísticos frequentados por estrangeiros, além de algumas das principais infra-estruturas olímpicas.

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Segunda-feira, 23 de Junho de 2008

(In)Segurança Rodoviária na China

Um dos assuntos que muitas vezes abordo aqui tem a ver com a segurança rodoviária (ou a falta dela) na China. É um facto, quem consegue conduzir na China (e em Portugal) consegue conduzir em qualquer parte do universo (e arredores). É realmente algo que nos une, a “nossa” falta de civismo e educação ao volante, mas, creio que pesando bem tudo, a China ainda nos consegue ganhar por larga vantagem.

Deixo-vos aqui hoje mais um exemplo das idiotices que vejo diariamente ao volante.

O transporte das crianças nos automóveis – pensar-se-ia que no país onde todos os acessórios para transporte de crianças (de todas as idade e tamanhos) são feitos que não haveria problemas com esse aspecto e, na verdade, não há, pois é EXTREMAMENTE comum ver todos os dias pais (e mães) que transportam os seus filhos de tenra idade... AO VOLANTE... NEM MAIS!

Não sei se é por pura ignorância ou se realmente as pessoas acham que estão a contribuir para a educação e/ou formação dos filhos – “ensinando-lhes” a conduzir desde cedo.

É um facto que “todos nós” (pelo menos o pessoal da minha geração) já andou ao volante com os nossos pais, mas nessa altura não haviam air-bags e outros tais que agora fazem dessa viagem um risco AINDA maior do que na altura.

Mas é assim mesmo que eles vão, ao colo... e ao volante porque apesar de as fabricarem aos milhões não usam nem uma das nossas “famosas” cadeirinhas XPTO com todos os autocolantes “CE” (como manda a lei).

 

Tempo para hoje: (Mas dizem que vem aí tufão)
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Segunda-feira, 19 de Maio de 2008

O Mundo ao Contrário

Hoje foi o primeiro de três dias de luto nacional pelas vitimas do terramoto em Sichuan, às 14h28 iniciava-se o primeiro de três minutos de silêncio em memória das vitimas mas aquilo a que assisti nada teve a ver com SILÊNCIO, antes pelo contrário, foram feitos sim 3 minutos de INTENSO BARULHO com tudo o que era meio de transporte com buzina a buzinar sem parar durante os 3 minutos que se seguiram.

 

Pergunto-me, então porque raio lhe chamaram “minutos de silêncio” se, ao contrário da definição de silêncio, eles fizeram um BARULHO descomunal?!

 

Já sabia que no mundo do espectáculo é costume substituir-se o vulgar minuto de silencio por 1 minuto de fortes aplausos, agora fiquei a saber que, ao que parece, na China, não existe silêncio (nem nessas ocasiões) pois em todas as outras do dia e da noite há muito que tinha percebido o mesmo...

 

 

P.S.: Por Sichuan continua a contagem... e, ao que parece, as autoridades já admitem a publico mais de 70 000 mortos... imagino quantos serão na REALIDADE...

 

Tempo para hoje:
Quarta-feira, 2 de Abril de 2008

Coisas que não há... na China

Há quem diga que “na China, como na Farmácia, há de tudo” aquilo que vos quero PROVAR hoje é que isso não é bem verdade e que há MUITAS COISAS que não existem na China. (e algumas delas que bem falta me faziam...)

 Uma das coisas “engraçadas” mas que podem gerar alguns embaraços aos mais desprevenidos tem a ver com os Restaurantes Chineses (e falo dos tipicamente chineses e não dos adaptados a turistas).

E se estão a pensar que me refiro aos talheres estarem substituídos por “pauzinhos” enganam-se redondamente... nos restaurantes chineses não há... GUARDANAPOS... isso mesmo... e por insignificante que este facto vos possa parecer, imaginem o que é estarem a comer fora de casa e não tirem onde limpar a boca, as mãos ou seja lá o que for... mas é verdade... não há... e como é que eles resolvem o assunto?! É extremamente comum as pessoas andarem com pacotes de lenços de papel (daqueles que nós usamos para nos assoarmos) nos bolsos, pastas ou malas e como tal... cada um traz sempre consigo os seus próprios “guardanapos” para o que der e vier.

Acrescento ainda que é tão vulgar as pessoas terem (e precisarem) desses lenços de papel que basta ir a um qualquer quiosque comprar um jornal ou revista que somos presenteados com um destes pacotinhos para acompanhar... e pergunto eu... será que eles pensam que fomos comprar o jornal para outra coisa que não ler e é por isso que nos dão os pacotes de lenços?!

Humm... será?!

Por hoje fico por aqui... mas prometo voltar ao tema para vos falar das IMENSAS coisas que não há na China...

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Terça-feira, 1 de Abril de 2008

Efeito “Kitty”

Olá mais uma vez... cá estou eu de volta para vos falar de um assunto muitíssimo interessante (como sempre)... o tema esse, esbarra sempre (ou quase) no mesmo... SOCIEDADE... mais propriamente a sociedade chinesa que a cada dia aprendo a conhecer (e só eu sei quanto me custa)... mas como dizem aqui “mou man tai” que quer dizer mais ou menos “sem espiga” ou em português à séria “não há problema”...

 

Lembram-se da “famosíssima” (raios a partam) gata “hello kitty”?! (então não!!) pois passa também por ela o tema de hoje... de uma forma digamos... indirecta... mas ela está sempre presente... isto porque resolvi chamar ao post de hoje... EFEITO “KITTY”... e porquê? Porque não é só a (estúpida) da boneca em si que é um problema... mas gera à sua volta um conjunto de efeitos secundários (e terciários) que, em bom português, “lixam” toda uma sociedade.

 

Alguém disse uma vez uma frase muito gira a qual não sei reproduzir exactamente mas também não interessa nada até porque nem tenho bem a certeza que alguém alguma vez tenha mesmo dito isso e se calhar até sou eu que estou a inventar a frase e penso que alguém já a disse antes numa espécie de “deja vu” que não sei explicar a razão e que muito provavelmente se deve simplesmente ao facto de estar nesta terra à demasiado tempo e de hoje estar a chover “a cântaros”. (GOSTARAM DESTE MEU MOMENTO SARAMAGO?! Acho que, como ele, também merecia um “Nobél”)

 

Mas vamos à frase: Uma sociedade caracteriza-se pelos seus ídolos/heróis. (ou outra qualquer coisa assim) o que importa na verdade é reflectir e perceber para onde vai uma sociedade que tem como ídolos a gata Hello Kitty e o gato Doraemon (sim, para quem não sabe, o Doraemon também é um felino).

 

Bem sei que ROMA (dizem) se fundou muito à custa de uma “loba” mas não sei até que ponto se pode considerar estes “animais” animados como capazes para tomarem em mãos um serviço como o de comandar a sociedade chinesa (e sem piadas para as capacidades mágicas do gato azul).

 

O facto é que ELES... dominam a sociedade e são mais famosos que a Madonna e o Michael Jackson (e não precisaram nem de fazer filmes porno nem de molestar criancinhas... que eu saiba...)...

 

E como já estão fartinhos de conversa deixo-vos com um momento que demonstra claramente (para quem souber VER) tudo aquilo que acabei de vos contar.

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Quinta-feira, 27 de Setembro de 2007

A Igualdade... Chinesa

 

Olá olá... ainda não totalmente recomposto do choque da noticia e do post anterior, resolvi voltar hoje ao tema... de sempre... CHINA... a bela China... e os seus contrastes com a sociedade ocidental.

 

Dizemos nós que queremos (no sentido de mostrarmos que somos uma sociedade evoluída) e temos vindo a progredir imenso no capitulo dos direitos humanos e particularmente numa especificidade que as nossas “comunas residentes” muito gostam de apregoar nos AVANTES e companhias (sim, essa FESTANÇA que junta 10x mais pessoas do que as que votam no PCP (ou será CDU?!?) nas eleições... e, principalmente jovens... ah, a bela juventude... sempre em busca de beber... não das ideologias mas sim umas "bejecas" para regar a “erva” que vão igualmente consumindo... (manias das ecologias... é o que é)...mas adiante... que de "AVANTE"... já temos que chegue...  

 

Meus amigos... a CHINA, é o verdadeiro... é "O" país onde REALMENTE as mulheres têm os MESMOS direitos que os homens... Ah pois é... mas é que têm mesmo... não estou a brincar... (já vimos no outro dia que cospem no chão e arrotam “alto e bom som” em publico como eles...) mas não é disso que estou a falar... na CHINA não há trabalho que não possa ser feito por ambos os sexos... indiscriminadamente e sem falsas “tangas” de isto é mais para os homens e aquilo nem por isso... e mais... se vão trabalhar para um trabalho que é (culturalmente na nossa sociedade ocidental) de homens, fazem-no tal e qual como eles... não há cá trabalhos “mais leves” para as meninas... querem exemplos... dou-vos um, talvez o maior e mais comum de todos: OBRAS ... sim senhor é isso mesmo... na CHINA há mulheres a trabalhar nas obras e não é cá com “ligeirezas” é a “acartar baldes de massa” e carros de mão de areia e a carregar e descarregar sacos de cimento... direi eu: “À MACHO”... só não sei... (e fica isto por esclarecer) se também mandam os CÉLEBRES piropos do andaime para algum “gajo” que passe na rua... mas prometo investigar esse assunto...

Banda sonora: Eu não sei - Expensive Soul
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